
Vida Extraterrestre
A humanidade sempre foi fascinada pela possibilidade de vida em outros planetas, e relatos de visões de discos-voadores, naves coloridas, corpos celestes não identificados ocorrem em todas as culturas. Nos EE UU, uma pesquisa com 6 mil adultos revelou que 18% informaram terem acordado à noite assustados com a presença de alienígenas no quarto, 10% afirmaram terem voado sem ajuda mecânica, e 2% disseram ter sido sequestrados por criaturas de outros mundos. Se a estatística for aplicada à população do planeta, 490 milhões de pessoas já passaram por esta experiência apavorante, mas ninguém deu queixa na polícia…
Certos fatos reais parecem aguçar a fantasia de certas pessoas, pois quando o satélite soviético Sputnik foi colocado em órbita em Outubro de 1957, 60% das 1178 visões de discos voadores daquele ano ocorreram logo depois, em Novembro e Dezembro. Em Varginha, Minas Gerais, o ET recebeu todas as honras da Prefeitura, que erigiu uma estátua à fabulosa criatura que teria visitado a cidade, e em Mucugê, na Bahia, o ET sempre aparecia após o jantar, sendo que antes da refeição doses astronômicas da cachaça local eram servidas.
Na Inglaterra, círculos enormes começaram a aparecer em plantações de trigo e cevada, e foram atribuídos a pousos de discos alienígenas. A farsa foi desvendada quando dois gozadores confessaram que vinham fazendo as figuras à noite, por acharem divertidas as notícias sobre OVNIs e quiseram participar da festa. Um caso irônico aconteceu nos EE UU, um piloto relatou à torre luzes verdes que se moviam a velocidades incríveis à frente da aeronave, descrevendo curvas acrobáticas. Na base, o avião foi inspecionado e dois vagalumes foram encontrados entre os vidros da janela frontal do aparelho.
De qualquer forma, o cinema entrou na onda e filmes como ET, de S. Spielberg, Contatos Imediatos do Terceiro Grau, e Guerra dos Mundos fizeram grande sucesso.
Cena do filme “Contatos Imediatos do Terceiro Grau”
O Hubble proporcionou avanços na pesquisa espacial
No mundo científico, o desenvolvimento de telescópios em órbita como o Hubble abriram novas fronteiras à pesquisa espacial, e cientistas no mundo inteiro se dedicam à procura de planetas na Via Láctea, a nossa constelação, que seriam apropriados ao desenvolvimento da vida tal qual a conhecemos na Terra. Até hoje, já foram descobertos 236, mas a maioria é de planetas gasosos e enormes, como Júpiter, tidos como inviáveis ao desenvolvimento da vida. Os mais propícios seriam os planetas pequenos, como a Terra, formados principalmente de rochas e com água em suas superfícies.
Recentemente, os cientistas apresentaram um planeta que orbita a estrela Gliese 436, a 20 anos-luz (AL) da Terra (a estrela mais próxima da Terra é Alfa-Centauro, a 4,3 AL ) ou 190 trilhões de Km, composto por 50% de rochas e 50% de água, com pequenos volumes de hidrogênio e hélio. Devido à força da gravidade ser ali muito maior do que a terrena, criaturas porventura ali existentes seriam bem menores do que os homens, e teriam ossos mais espessos e pernas mais robustas.
Outro grupo de pesquisadores descobriu o planeta chamado de Kepler 186f, que tem um raio pouco maior do que o nosso, e orbita a estrela Kepler 186, a 500 AL de distância da Terra. Apesar de estar mais próximo da estrela do que a Terra do sol, a superfície teria temperaturas amenas pelo fato de Kepler 186 ser uma estrela anã vermelha, bem mais fria do que o sol.
A equação de Drake
O astrônomo Frank Drake elaborou uma equação que define o número de civilizações com tecnologia suficiente para contatos interestelares, chamado de N, que seria igual ao produto de diversos fatores aleatórios, tais como a taxa de formação de estrelas no universo, T, pois quanto mais estrelas existirem, maior a probabilidade de surgirem sistemas solares como o nosso. Na equação entram ainda a fração de estrelas que possuem sistemas planetários, a proporção destes planetas que abrigariam a vida, e, havendo vida, quais teriam vida inteligente, e, havendo esta, quais planetas apresentariam vida inteligente o suficiente para desenvolver tecnologia apta a contatos com outras civilizações alienígenas?
Se a equação for alimentada com dados que aos poucos a astronomia vai coletando em suas crescentes pesquisas, chega-se ao fantástico número de 1 milhão de civilizações tecnologicamente desenvolvidas coexistindo em nossa galáxia. Este dado é válido só para a nossa constelação, a Via Láctea.
Hoje os astrônomos afirmam que existem mais de 200 bilhões de constelações, com 300 sextilhões de estrelas espalhadas pelo universo. Para encontrar civilizações alienígenas capazes de algum contato, existe nos EE UU a Sociedade Planetária, com mais de 100.000 membros pelo mundo afora, que mantém, juntamente com a Universidade de Harvard, um telescópio ótico à procura de sinais de vida inteligente extraterrestre. O astrônomo Carl Sagan, ao constatar a incúria com que estamos tratando nosso planeta, dizia que a prova de que existem seres inteligentes alienígenas é que eles nunca tentaram entrar em contato conosco…
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Maria Helena B Murta
Desde muito jovem eu questiono nossa presença no Universo. Por que seríamos os Únicos? A construção das Pirâmides e sua complexidade sempre foi algo que me intrigou. Seriam os Deuses astronautas? Ou seriam seres extraterrestres ? Pesquisar é algo muito especial e faz bem para elucidar os questionamentos, sobretudo este em particular – estaríamos sozinhos no Universo? Eu tenho certeza que não!
Rodrigo Pereira Nascimento
Vida alienígena talvez seja a única certeza que um cético como eu não precisa de comprovação.